O que são TAQUICARDIAS? Quais os tipos mais importantes de taquicardia?
Estamos aqui para falar sobre um tema muito recorrente, que são as taquicardias.
Iremos falar sobre o que são taquicardias e quais os tipos mais comuns.
O que é taquicardia?
Em primeiro lugar, taquicardia significa aceleração do coração. Em geral, taquicardia é quando os batimentos superam 100bpm.
Quais os tipos de taquicardias mais comuns?
Nós temos vários tipos de taquicardias, com vários tipos de prognósticos. A mais comum de todas é a taquicardia sinusal.
Taquicardia sinusal:
A taquicardia sinusal é aquela que ocorre quando fazemos exercícios físicos, quando carregamos peso, quando temos um aborrecimento, uma notícia desagradável, quando estamos ansiosos com alguma coisa que vai acontecer.
Nesse caso a taquicardia é considerada normal e esperada. E ela nasce no nó sinusal, que é o local correto de geração do impulso elétrico. A própria taquicardia sinusal pode se associar a algumas doenças, por exemplo, infecções (principalmente associadas a febre), hipertireoidismo (quando a tireóide funciona demais), embolia pulmonar, anemias graves. Então temos condições, doenças, que podem levar a taquicardia sinusal.
Além da taquicardia sinusal, nós temos outra muito comum que é a taquicardia paroxística supraventricular.
Taquicardia Paroxística Supraventricular:
Ela acomete com frequência adolescentes e adultos jovens. É um tipo de arritmia que normalmente não é associada a risco de morte, mas que incomoda muito. O coração fica muito acelerado, 160-170-180-190 bpm.
É uma taquicardia que se inicia subitamente e tem término súbito. Muitas vezes pode ser revertida com manobras vagais ou com medicamentos. Mas quando ela é recorrente, aconselha-se ablação por catéter, que cura mais de 90% dos casos, com baixíssimo índice de complicações.
Taquicardia Ventricular
Outra taquicardia, muito comum, e que exige uma atenção muito especial é a taquicardia ventricular. Porque a taquicardia ventricular, não rara, está associada a doenças mais graves do coração. Por exemplo: pacientes que têm dilatação do coração por doença de chagas, ou por doença coronária em pacientes que tiveram infarto. Pacientes que têm cardiomiopatia hipertrófica. Pacientes que têm canalopatias, também conhecidas por doenças iônicas. Por isso que a taquicardia ventricular deve ser muito bem estratificada, visto que em alguns casos, necessita-se de implante do cardiodesfibrilador, o CDI.
Em outras, o tratamento clínico com medicações, ou algumas vezes ablações, são suficientes para o tratamento. Cada caso deve ser individualizado.
Fibrilação Atrial
Temos também a fibrilação atrial. A fibrilação atrial, na grande maioria das vezes se manifesta como uma taquicardia, ou seja, com o coração acelerado. O grande ponto da fibrilação atrial é que ela aumenta em 5x o risco de AVC isquêmico, que é uma doença debilitante e a segunda principal causa de morte no nosso país. 85% das vezes, os pacientes com fibrilação atrial necessitam do uso de um anticoagulante oral, e nesses casos o anticoagulante deve ser prescrito por um médico preparado para esse fim, não deve ser auto-medicação pelos riscos associados. Outra coisa que devemos fazer é controlar o ritmo da fibrilação atrial, com medicações ou mesmo com choques ou ablação por cateter. Em alguns casos, em pacientes muito idosos ou refratários, deixamos o controle de frequência, ou seja, mantemos o paciente na fibrilação atrial, mas com a frequência de batimentos cardíacos mais controlada.
Existem diversos outros tipos de taquicardias, mas para não nos alongarmos nesse post, escolhemos aquelas que achamos as mais importantes. Espero que tenham compreendido e tenha ficado esclarecido o que significa taquicardia.
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Um grande abraço.
Saiba mais
https://cardiodf.com.br/saude/taquicardia-sinusal-grave-normal-o-que-taquicardia-sinusal