Olá! Está difícil até sair da cama por causa daquela dor que começa na lombar e desce pela parte de trás da perna? A cada passo é um incômodo, sentar machuca, dormir parece impossível... Esse tormento pode ser a dor do nervo ciático.
Mas calma: a maioria dos casos melhora sem cirurgia. Hoje você vai descobrir exatamente o que causa essa dor, quais sinais de alerta não ignorar, e, principalmente, exercícios simples e posturas corretas que você pode fazer em casa para aliviar a dor agora mesmo. Fique comigo e veja como retomar sua vida, sem sofrer a cada movimento.
O que é exatamente a dor ciática?
A dor ciática acontece quando o nervo ciático, o maior nervo do corpo humano, é comprimido ou irritado.
Esse nervo começa na parte inferior da coluna, passa pelos glúteos, desce pela parte de trás da coxa e vai até os pés. Por isso, quando ele é afetado, a dor pode irradiar por todo esse caminho – da lombar até os dedos do pé. Você sente como se fosse um choque elétrico, queimação ou uma agulhada? Isso é típico da ciática.
Um detalhe interessante é que esse nervo não é um único fio, mas sim um feixe de nervos que se juntam na região lombar e sacral. Ele tem quase 2 centímetros de diâmetro, o que o torna o maior do corpo. Então, qualquer pressão sobre ele pode desencadear sintomas ao longo de todo o seu trajeto.
Além disso, é importante saber que nem toda dor na perna é ciática. Por exemplo, dores causadas por problemas musculares, como a síndrome do piriforme, ou até condições como aneurismas e tumores abdominais, podem simular sintomas de ciática. Mais adiante, vou ensinar a você como diferenciar esses casos.
Quais os SINTOMAS E SINAIS DE ALERTA Da DOR DO NERVO CIÁTICO?
Como eu falei antes, a ciática causa uma dor que pode variar muito: pode ser uma queimação, uma sensação de choque elétrico ou até uma dor constante, que piora quando você fica sentado, tosse ou espirra. Essa dor geralmente começa na parte inferior das costas e desce pela parte de trás da coxa, podendo chegar até os pés.
Além da dor, os sintomas podem incluir:
Formigamento: A sensação de alfinetadas ou agulhas, muitas vezes nos pés e dedos.
Dormência: Perda de sensibilidade em partes da perna ou pé.
Fraqueza muscular: Dificuldade para levantar o pé ou caminhar com firmeza.
E, como prometi, aqui vai um teste simples que você pode fazer em casa para ajudar a identificar a ciática verdadeira:
Deite-se de costas com as pernas estendidas.
Levante a perna afetada lentamente.
Se a dor irradiar pela parte de trás da coxa e aumentar, isso pode ser um sinal de compressão no nervo ciático.
E aqui vai algo muito importante: preste atenção aos sinais de alerta. Se você tiver dor muito intensa que dificulta até andar, perda de força significativa, incontinência urinária ou fecal, ou febre junto com a dor, procure ajuda médica imediatamente. Esses sinais podem indicar algo mais grave, como uma compressão severa do nervo ou outra condição séria.
Por outro lado, se os sintomas forem mais leves – como dor e formigamento sem sinais graves – muitas vezes eles melhoram com as dicas que vou compartilhar daqui a pouco. Mas o diagnóstico correto é essencial para garantir o melhor tratamento.
Quais as CAUSAS da dor CIÁTICA?
A causa mais comum da ciática é a hérnia de disco-
O que é hérnia de disco? Imagine sua coluna vertebral como uma pilha de blocos - as vértebras- entre os quais existem “amortecedores” chamados discos intervertebrais. Esses amortecedores têm uma parte externa que é dura, o ânulo fibroso, e um centro gelatinoso, o núcleo pulposo, semelhante a uma pasta de dente. Quando a parte dura se desgasta ou racha, a “pasta” pode escapar, formando a hérnia de disco. Esse material vazado pressiona os nervos da coluna, causando dor que pode irradiar para braços — se for cervical ou pernas- no caso do ciático.
Mas há outras condições importantes que podemos considerar, como a estenose foraminal, que é o estreitamento dos espaços por onde os nervos passam, geralmente devido ao desgaste da coluna com a idade. Isso é mais comum em pessoas acima de 50 anos.
Outra causa frequente é a chamada , onde um músculo nos glúteos pressiona o nervo ciático. Essa condição é comum em pessoas que passam muito tempo sentadas ou que fazem exercícios intensos sem alongamento adequado."
Além disso, algumas condições menos comuns, mas importantes, incluem:
Tumores ou cistos na região pélvica, que podem comprimir o nervo.
Doenças metabólicas, como diabetes, que podem causar danos nos nervos periféricos.
E até problemas como endometriose, onde o tecido do útero pode afetar o nervo ciático em mulheres.
Além disso, alguns fatores de risco aumentam a chance de desenvolver ciática, como excesso de peso, que sobrecarrega a coluna; o sedentarismo, que enfraquece os músculos de suporte; e até doenças crônicas, como diabetes, que podem afetar os nervos. Trabalhos que exigem movimentos repetitivos ou longos períodos sentado também podem contribuir para o problema.
Agora, se você percebe que fatores do dia a dia, como carregar peso ou sentar por longos períodos, agravam os sintomas, é hora de rever seus hábitos. Pequenas mudanças podem fazer toda a diferença, e vou explicar como.
Quais os TRATAMENTOS E ALÍVIO IMEDIATO?
Sempre vai para cirurgia? Não!
A boa notícia é que, em até 80-90% dos casos, a dor ciática melhora sem cirurgia. O que você pode fazer hoje para aliviar a dor?
Primeiro, evite repouso absoluto.
É importante manter-se em movimento. Embora o instinto inicial seja ficar deitado ou em repouso absoluto, isso pode piorar o quadro. Movimentos leves, como caminhar devagar, ajudam a reduzir a inflamação e aliviar a pressão sobre o nervo. Evite ficar sentado por longos períodos, e levante-se a cada 30 minutos para se alongar.Movimentos leves, como caminhar, ajudam a reduzir a inflamação e aliviar a pressão no nervo.
Segundo, existem dois exercícios simples que podem ajudar a aliviar a dor:
Traga os joelhos ao peito: Deite-se de costas, dobre os joelhos e puxe-os suavemente em direção ao peito. Segure por 5 segundos e relaxe. Repita 3-4 vezes.
A posição da cobra: Deite-se de bruços, apoie as mãos no chão e levante lentamente o tronco, deixando a pelve encostada no chão. Mantenha essa posição por 5-10 segundos e relaxe. Repita de 8 a 10 vezes.
Além disso, use calor ou gelo para aliviar a dor. Nos primeiros dias, o gelo ajuda a reduzir a inflamação; depois, o calor pode relaxar os músculos e diminuir o desconforto. Sempre aplique por cerca de 20 minutos, algumas vezes ao dia.
Por fim, ajustar sua postura ao sentar e dormir é fundamental. Coloque um suporte lombar, como uma toalha enrolada, entre as costas e a cadeira. Para dormir, tente deitar de lado com um travesseiro entre os joelhos ou de costas com um travesseiro embaixo das pernas. Essas posições aliviam a pressão na coluna.
E claro, se a dor for intensa ou persistir, converse com seu médico sobre outros tratamentos, como fisioterapia ou remédios.
Medicamentos como pregabalina, gabapentina, duloxetina e até mesmo amitriptilina ajudam a reduzir o limiar da dor em casos crônicos, mas é essencial usar sob orientação médica. Mas lembre-se: nunca se automedique.
E claro, se a dor for intensa ou persistir, converse com seu médico sobre outros tratamentos, como fisioterapia, injeções de corticoides ou até terapias alternativas, como acupuntura. Além disso, tratamentos inovadores como a terapia por ondas de choque ou a neuroestimulação têm mostrado resultados excelentes em casos mais graves. E por último, cirurgia.
Mas claro, melhor do que tratar é prevenir.
Como prevenir novas crises de ciático e proteger sua coluna a longo prazo?
Pequenas mudanças no dia a dia podem fazer uma diferença enorme."
Primeiro, mantenha um peso saudável. O excesso de peso sobrecarrega a coluna e aumenta o risco de hérnias de disco e outros problemas que podem levar à ciática. Se você está acima do peso, procure ajuda para adotar uma alimentação equilibrada e um programa de exercícios seguros.
Segundo, fortaleça seus músculos do core. O core inclui os músculos da lombar, do abdômen e do quadril. Eles funcionam como um cinturão natural, estabilizando sua coluna e protegendo os nervos.
Então preste atenção, que essa parte é muito importante!
Olha só essas dicas de exercícios que você pode fazer em casa, no seu tempo, e com aquela energia positiva!
Prancha:
Imagine-se de bruços, apoiando os cotovelos no chão e levantando o corpo como uma tábua reta, sem deixar o bumbum cair nem ficar muito alto. Segure firme por uns 20 a 30 segundos, e depois vá aumentando esse tempo conforme ganhar força!
A prancha não trabalha só o abdômen: ela reforça também a lombar e os músculos que estabilizam sua postura.
Inclinações Pélvicas:
Deite de costas, joelhos flexionados, pés no chão. Pressione a lombar contra o piso e erga levemente os quadris, contraindo o abdômen. Mantenha essa posição por uns 5 segundos, relaxe e repita umas 10 vezes. As inclinações fortalecem a lombar e o abdômen, dando mais estabilidade para a sua coluna.
Ah, não gosto disso! Caminhe!
Acredite: caminhar é um dos exercícios mais subestimados que existe! Mantenha a postura ereta, contraia levemente o abdômen e ande com passos firmes e seguros. Mesmo simples, caminhadas trabalham o core, o quadril, o abdômen e a lombar, tudo de um jeito suave e fácil de encaixar na rotina!
ou
Pilates:
pilates é fantástico para quem quer baixo impacto e ao mesmo tempo mais força, equilíbrio e mobilidade.
Claro, como tudo…
Vá com calma: comece devagar e aumente a intensidade conforme ganhar confiança.
Respire direitinho: inspire pelo nariz, expire pela boca e mantenha o abdômen firme.
Sentiu dor aguda? Pare e procure um especialista.
Lembre-se: fortalecer o core não é só para ter uma barriga durinha; é sobre ter um corpo funcional, protegendo sua coluna, melhorando a postura e, de quebra, evitando dores que ninguém merece!
Terceiro, cuidado com sua postura no trabalho e no dia a dia. Se você passa muitas horas sentado, use uma cadeira com bom suporte lombar ou coloque uma toalha enrolada na base das costas. Levante-se a cada 30 minutos para alongar e dar uma caminhada. Evite cruzar as pernas ou se inclinar para frente por muito tempo.
Quarto, evite levantar pesos de forma inadequada. Sempre use as pernas para fazer força, mantendo a coluna reta. Nunca torça o corpo enquanto levanta algo pesado. E se precisar mover um objeto muito grande, peça ajuda.
E, por último, adote hábitos saudáveis, como parar de fumar, já que o cigarro pode piorar a circulação e enfraquecer os ossos da coluna, e controle condições crônicas como diabetes, que podem agravar lesões nos nervos. Tudo isso ajuda a manter sua saúde em dia e reduzir o risco de crises de ciática.
E como você viu, a dor do ciático pode ser uma condição muito dolorosa, mas a maioria dos casos melhora com as atitudes certas.
E enfatizo que o vídeo tem caráter informativo e não substitui uma consulta médica.
Para trazer informações mais precisas sobre a ciática e as melhores práticas para o seu tratamento, eu pesquisei em fontes reconhecidas internacionalmente, como as diretrizes atualizadas da American Society of Interventional Pain Physicians, de 2022, e recomendações do American College of Physicians reforçam que exercícios leves e ajustes de postura podem ajudar muito na recuperação. Além disso, revisões sistemáticas da renomada Cochrane destacam o papel da fisioterapia e do fortalecimento do core para aliviar a dor.
Meu nome é André Wambier e esse é o cardiodf.com.br
Até o próximo vídeo!
Muito obrigado