Fibromialgia: sintomas, causas e como tratar
Olá! Você está preocupado porque está tendo muitas dores pelo corpo? Fadiga, indisposição, problemas com memória? Então preste atenção! No post de hoje eu vou falar sobre fibromialgia, uma doença que afeta 2 a 4 % da população, sendo mais comum em mulheres— 90% são mulheres. Será que você é uma delas? Onde faixa etária mais atingida é entre 35 e 50 anos de idade, mas pode acontecer em qualquer idade, até mesmo em crianças.
Nesse post você vai saber: quais os sintomas de fibromialgia, quais os fatores de risco, como fazer o diagnóstico e qual o melhor tratamento para fibromialgia.
O que é fibromialgia?
A fibromialgia é uma doença reumatológica crônica e de longo prazo caracterizada por dor generalizada principalmente muscular e articular crônicas além de sensibilidade ao toque que dura pelo menos 3 meses. A dor e a sensibilidade tendem a ir e vir e se mover pelo corpo. E normalmente esse desconforto não tem causa aparente, como postura ou atividade física. Essa dor, normalmente é descrita como uma dor constante, e a dor ocorre em ambos os lados do corpo (mas veja bem, tem um lado que normalmente dói mais) e a dor aparece acima e abaixo da cintura. A dor é frequentemente sentida nos braços, pernas, cabeça, tórax, abdômen, costas e nádegas. As pessoas geralmente descrevem como dolorido, ardente ou latejante.
Quais os outros sintomas da fibromialgia além dessa dor generalizada?
Os outros sintomas da fibromialgia incluem:
Fadiga. Pessoas com fibromialgia geralmente acordam cansadas, mesmo depois de dormir bastante. É uma sensação de cansaço avassalador
Problemas para dormir.
E sabemos que o sono de uma pessoa com fibromialgia é prejudicado, muitas vezes é interrompido pela dor, alguns têm apneia do sono ou outros distúrbios do sono que pioram ainda mais a fadiga.
Dificuldade para pensar- Um sintoma muito frequente, como uma névoa, que prejudica a capacidade de se concentrar, prestar atenção e raciocinar, levando a problemas de memória, a chamada fibro Fog ou névoa mental.
Rigidez muscular e articular— às vezes se confunde com outras doenças reumatológicas.
Problemas digestivos, como inchaço ou constipação.
Dormência ou formigamento nos braços e pernas.Maior sensibilidade à luz, ruído, odores e temperatura.
E veja bem, a fibromialgia anda de mãos dadas com outras condições, como: Síndrome do intestino irritável, Síndrome da fadiga crônica, Ansiedade, Depressão, Enxaqueca, Distúrbios da ATM que é a articulação temporomandibular e a síndrome de POTS - que é a taquicardia postural
O que causa a fibromialgia?
Bem, é uma doença diferente das outras reumatológicas, pois não é uma doença autoimune e nem baseada em inflamação. E sim ligado ao o sistema nervoso onde há um processamento anormal da percepção da dor.
Pesquisadores acreditam que a estimulação nervosa repetida faz com que o cérebro e a medula se modifiquem, havendo um aumento anormal nos níveis de certas substâncias químicas no cérebro que sinalizam a dor.
E mais, os receptores de dor do cérebro parecem desenvolver uma espécie
de memória da dor e tornam-se sensibilizados, o que significa que podem reagir de forma exageradamente a sinais dolorosos e em algumas vezes, a sinais não dolorosos.
Estudos de imagens cerebrais descobriram evidências de sinalização alterada nas vias neurais que transmitem e recebem a dor. E essas mudanças também podem contribuir para a a alteração no sono, fadiga, e alteração na memória.
Quais os fatores de risco para fibromialgia?
Existem alguns fatores que levam a essas mudanças:
Um deles é a Genética. Como a fibromialgia pode ocorrer em famílias, existe uma suspeita que certas mutações genéticas que podem gerar o distúrbio.
Infecções. Algumas doenças parecem desencadear ou agravar a fibromialgia. O covid é um exemplo clássico.
Traumas físicos como acidentes ou emocionais. O estresse psicológico prolongado também pode desencadear a condição.
Se você tem outras doenças, especialmente doenças reumáticas como lúpus, transtornos de
humor ou condições que causam dor como artrose, é mais provável que você venha a apresentar fibromialgia.
Dormir mal- e a gente sabe que a maioria das pessoas está tendo problemas de sono, ficam muito tempo no celular, roubando horas valho
E sedentarismo- a falta de exercício aumenta risco de fibromialgia.
O que desencadeia um ataque de fibromialgia?
Certas coisas podem ser o gatilho de um surto de fibromialgia, especialmente aqueles que aumentam o nível de estresse.
Como mudanças na dieta ou uma dieta ruim
Mudanças nas rotinas diárias.
Flutuações hormonais.
Falta de sono
Estresse, mudanças climáticas ou de temperatura.
Como fazer o diagnóstico de fibromialgia?
Bem, você tem tudo isso, tem essas dores, memória ruim fadiga…
Como saber se você tem fibromialgia?
Um médico suspeitará de fibromialgia com base em seus sintomas.
Não há um teste específico, para detectar esta doença, mas você pode precisar de exames de laboratório ou raios-X para descartar outros problemas de saúde.
Os médicos podem palpar alguns pontos que podem estar sensíveis ao toque - os chamados tender points ou pontos de dor da fibromialgia.
São 18 pontos no total, 9 em cada lado do corpo.
Na parte da frente do pescoço,
atrás do pescoço,
no peito,
nas costas,
na dobra dos braços,
na região lombar,
abaixo das nádegas
e no joelho.
Mas o diagnóstico não é apenas baseado nesses pontos.
E sabemos que outras condições, como hipotireoidismo e a polimialgia reumática, às vezes podem simular uma fibromialgia. E claro, a fibromialgia pode mimetizar as doença reumatológica, mas, nesse caso essas doenças reumáticas causam inflamação nas articulações e tecidos e vai aparecer no raio x ou nos exames de sangue. A fibromialgia não danifica as articulações ou os músculos.
Para um diagnóstico, a dor generalizada deve estar presente por pelo menos três meses, juntamente com fadiga e outros sintomas, como dificuldades de memória e concentração, sono ruim, sintomas de depressão ou ansiedade.
Existe cura para fibromialgia?
Não existe, ainda.
Mas os sintomas podem ser tratados com remédios ou de forma não medicamentosa
E, na maioria das vezes, os melhores resultados ocorrem lançando mão de vários tipos de tratamentos.
Eu não vou falar sobre os remédios da fibromialgia, porque depende do médico e do paciente, então vou focar no tratamento não medicamentoso.
Em conjunto com o tratamento médico, um estilo de vida saudável pode reduzir a dor, aumentar a qualidade do sono, diminuir a fadiga e ajudá-lo a lidar melhor com a fibromialgia.
Olhe para frente, não para trás. Concentre-se no que você precisa fazer para melhorar, não no que causou sua doença.
Então primeiro: faça atividade física
Pesquisas mostram que o tratamento mais eficaz para a fibromialgia é o exercício físico. E as pessoas se beneficiam mais com exercícios aeróbicos regulares. Você vai querer fazer atividades de
baixo impacto que aumentam sua resistência, alongam e fortalecem seus músculos e melhoram sua capacidade de se mover com facilidade. Ou, se você não tiver tempo ou dinheiro para ir para academia, apenas mexa-se, suba escadas, passeie no parque, mantenha-se ativo e não desista!
Outras terapias corporais, incluindo Tai Chi e ioga, podem aliviar os sintomas da fibromialgia.
Se puder, vá em um psicólogo e faça terapia.
A terapia comportamental cognitiva ajuda bastante na dor e outros sintomas.
Se não puder, leia mais sobre mindfulness que é focar no presente. Assista vídeos sobre o tema. Foi demonstrado que a redução do estresse baseada na atenção plena melhora significativamente os sintomas da fibromialgia.
Acupuntura, massagem também podem ser úteis, assim como exercícios de respiração profunda e
meditação que o ajudarão a reduzir o estresse que pode contribuir para seus sintomas.
Dose seu nível de vitamina D. Os suplementos de vitamina D podem reduzir a dor em pessoas com fibromialgia quando as pessoas são deficientes nessa vitamina.
E arranje tempo para relaxar todos os dias.
E, claro, é importante abordar os fatores de risco da fibromialgia. Se você não está dormindo bem, tem que melhorar isso. Priorize seu sono
O sono e a dor estão intimamente ligados. Durma de sete a nove horas todas as noites. se está deprimido, tem que procurar ajuda, se ronca ou tem apneia do sono, tem que perder peso, usar uma placa intra-oral ou fazer exercícios de ronco.
Como eu acabei de falar, foque no que pode melhorar, foque na melhora contínua, passo após passo. Você vai conseguir!
Meu nome é André Wambier, cardiologista
e esse é o Cardiodf.com.br
Muito obrigado!