Vídeo: O ovo faz bem ou faz mal à saúde?

 
 

Por muitos anos ouvimos dizer que deveríamos maneirar nos ovos, que eles formavam placas de gordura, que aumentavam risco de infarto e risco de derrame.

O que a ciência, hoje, diz sobre isso?

As evidências atuais não indicam que deveríamos banir o ovo da nossa dieta. A maioria dos estudos conclui que um ovo por dia não causa impacto negativo na saúde.

Os ovos são nutritivos e têm relativamente poucas calorias e pouca gordura saturada. Eles são ricos em proteínas, vitaminas (como a vitamina A, a vitamina D e as vitaminas do complexo B) e minerais, assim como em outros nutrientes, como a luteína (que protege os olhos) e a colina, que é boa para os nervos e o cérebro.

A maior preocupação sobre os ovos sempre foi a alta quantidade de colesterol, que vem especialmente da gema. De forma geral os cardiologistas limitam a quantidade de colesterol da dieta em 300 mg por dia, e um ovo já tem mais da metade disso.

Atualmente sabemos que a maior parte do colesterol circulante no nosso corpo é produzida pelo fígado (portanto, algo genético), e a outra parte vem de gorduras trans e saturadas da dieta. Por isso, se você não exagerar e se limitar o consumo de ovo a um por dia, não vai aumentar significativamente seu colesterol.

Há estudos que mostram que não há relação entre os ovos e o risco de infarto e há outros estudos que mostram que o ovo pode até reduzir o risco de um AVC hemorrágico, que é um tipo de derrame. Há um porém: o colesterol da dieta pode piorar o diabetes; nesses casos, de pacientes diabéticos, limita-se o consumo de ovos em até três por semana, ou recomenda-se comer somente a clara.

Se comermos um ovo no lugar de uma torrada branca - feita com trigo refinado ou um cereal açucarado, por exemplo, o ovo se provará mais saudável.

A mensagem que se quer  passar aqui é: não fique obcecado sobre um tipo de alimento, se ele é bom ou ruim, É preciso ver a sua dieta como um todo: os outros itens do prato e a relevância nutricional. O importante é termos uma dieta equilibrada, comer mais frutas e verduras, e variar os alimentos que ingerimos.


Dr. André Luís Wambier

Formação e títulos
Formado em Medicina pela Universidade Estadual de Londrina (UEL), 2002
Residência em Clínica Médica - SUS/SP, 2003-2005
Residência em Cardiologia pelo Instituto Dante Pazzanese/SP, 2005 - 2007
Título de especialista pela Sociedade Brasileira de Cardiologia, 2007
Sócio efetivo da Sociedade Brasileira de Cardiologia
CRM- DF 17.276

Onde atende
Hospital do Coração do Brasil (HCBr)

SHLS 716, Conjunto G, Lote 6.
Asa Sul, Brasília (Mapa)

Centro Brasileiro Cardiovascular (CBCor)
SGAS 915, Lote 69 A, Salas 107-117,
Edifício Advance, Asa Sul, Brasília (Mapa)


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