O INIMIGO NÚMERO 1 da sua SAÚDE – E VOCÊ NEM DESCONFIA!

 

Imagine o seguinte: você chega em casa do trabalho, faminto. Coloca uma lasanha congelada no micro-ondas. Em minutos, o cheiro invade a cozinha, e parece delicioso, não é? Que tal um guaranazinho para acompanhar? E, no café da manhã, aquele cereal docinho, redondinho, colorido, que estala na boca. Rápido, prático, viciante. Ninguém é de ferro, né!

Mas você já parou para pensar no que realmente está comendo? Porque o que parece comida… não é. E a indústria alimentícia não quer que você saiba!

 Por que você acha que as taxas de obesidade, diabetes, doenças cardiovasculares e principalmente câncer continuam subindo? 

Mesmo com tanta tecnologia e informação, tantas pessoas indo para a academia, tentando se cuidar… Por que isso não está funcionando?

Hoje vou revelar a verdade oculta por trás dos alimentos ultraprocessados — o inimigo número 1 da sua saúde.

Impacto dos Ultraprocessados nas Doenças Brasileiras

Um estudo recente da Fiocruz deste ano revelou algo alarmante: Um em cada dez óbitos no Brasil está diretamente relacionado ao consumo de alimentos ultraprocessados. Isso mesmo, 10% das mortes poderiam ser evitadas se mudássemos o que colocamos no nosso prato.

Agora, pense comigo: Quem está lucrando com isso? Por que esses produtos continuam dominando as prateleiras dos supermercados e as propagandas na TV? 

A resposta é simples: a indústria alimentícia não está preocupada com a sua saúde, mas sim apenas com os lucros.

Claro que a indústria alimentícia contesta esses dados. Eles afirmam que os produtos que oferecem são seguros e que os estudos que apontam malefícios não refletem a realidade do consumo brasileiro.

Ultraprocessados: A Nova Indústria do Tabaco?

Mas vamos lembrar: não é exatamente assim que a indústria do tabaco agia no passado? Juravam que o cigarro não fazia mal, que não causava câncer, e até utilizavam médicos em propagandas para promover marcas como Camel.

A história parece se repetir. Assim como ocorreu com o cigarro, estamos sendo expostos a produtos que podem prejudicar seriamente nossa saúde, enquanto somos convencidos de que só fazem bem!

O Que Há nos Ultraprocessados? Corantes, Conservantes e Mais

Se você for ler os rótulos, os alimentos ultraprocessados estão cheios de:

• Corantes artificiais

• Conservantes químicos

• Estabilizantes e emulsificantes

• Realçadores de sabor

Esses componentes não estão lá para nutrir você, mas para melhorar a aparência, prolongar a validade e intensificar artificialmente o sabor dos alimentos, incentivando o consumo excessivo.

Experimentos: A Durabilidade dos Ultraprocessados

Falando em ultraprocessados, quando falam de margarina pessoal fala na internet que barata não come, mosca não come, formiga não chega perto…

Agora, deixe-me fazer uma pergunta: você já pegou um alimento ultraprocessado e observou se ele apodrece ao longo do tempo? Pense em um pacote de batatas fritas do McDonald's ou em um hambúrguer, por exemplo.

Em 2009, quando o último McDonald's fechou na Islândia, um homem decidiu comprar um combo de hambúrguer e batatas fritas para fazer um experimento curioso. Ele quis ver como esse alimento se comportaria com o passar do tempo. E acredite se quiser: mais de 10 anos depois, o hambúrguer e as batatas fritas pareciam quase intactos!

Isso mesmo, uma década depois, sem refrigeração especial, esses alimentos mal mostraram sinais de decomposição. Hoje, eles estão em exposição em um albergue na Islândia, onde pessoas do mundo todo acompanham ao vivo pela internet.

Mas esse não é um caso isolado. Em 1996, a nutricionista norte-americana Karen Hanrahan comprou um hambúrguer do McDonald's para usar em suas aulas sobre alimentação saudável. Mais de 20 anos depois, o hambúrguer ainda estava praticamente igual, sem mofo, sem decomposição. Claro que se você comer você morre…

Agora, se nem os micróbios e fungos, que se alimentam de matéria orgânica, tocam nesse hambúrguer... O que será que acontece quando colocamos algo assim dentro do nosso corpo?

É claro que a indústria alega que isso é apenas 'desidratação' e que, por perderem água rapidamente, os hambúrgueres não se decompõem. Mas sabemos que a combinação de altos teores de sódio, conservantes e outros aditivos químicos tem muito a ver com esse 'fenômeno'. Se um alimento não serve nem para as bactérias, será que serve para nós?

Nos anos 60 e 70, as grandes indústrias perceberam algo: se adicionassem sal, açúcar e gordura em níveis precisos, poderiam criar alimentos viciantes. Eles não só fariam você comprar mais, como também comer mais.

Assim nasceram os pacotes de salgadinhos, os refrigerantes e os congelados. Eles eram baratos, fáceis de produzir e tinham algo em comum: eram projetados para durar meses na prateleira.

Mas sabe o que isso significa para o seu corpo? Que ele está recebendo uma bomba de produtos químicos que não deveria digerir. Isso não é comida. É uma experiência de laboratório que você paga para consumir.

Como os Ultraprocessados Afetam Seu Corpo?

1. Eles inflamam o corpo: Promovem uma resposta inflamatória crônica, que está na raiz de muitas doenças como você verá mais para frente.

2. Destroem a microbiota intestinal: Prejudicam as bactérias boas do intestino, afetando a digestão, a imunidade e até o seu cérebro.

3. Enganam seu estômago: São projetados para você comer mais do que deveria, ativando o centro de recompensa e criando um ciclo vicioso.

“Aquele slogan do bis, é impossível comer um só é a mais pura verdade”. 

As empresas sabem o que estão fazendo. Elas gastam bilhões para criar sabores que ativam o centro de recompensa do seu cérebro. Você já se perguntou por que é tão difícil comer apenas uma  batata frita ou um único biscoito? Não é apenas uma questão de sabor agradável. Os alimentos ultraprocessados são meticulosamente projetados para enganar o seu cérebro, fazendo com que você coma mais do que realmente precisa.

E isso cria um ciclo vicioso: quanto mais você consome, mais o seu cérebro deseja. É por isso que é tão difícil parar após apenas um bis ou qualquer outra coisa. Os ultraprocessados estão manipulando as nossas vias neurais para nos manter consumindo sem parar.

Estudos Revelam os Malefícios dos Ultraprocessados

E não é só teoria. Um estudo realizado pelo National Institutes of Health (NIH) dos Estados Unidos evidenciou esse problema. No experimento, participantes foram divididos em dois grupos:

  1. Grupo Ultraprocessado: Consumiu uma dieta rica em alimentos ultraprocessados.

  2. Grupo Comida de Verdade: Alimentou-se com uma dieta baseada em alimentos in natura ou minimamente processados.

Os resultados foram surpreendentes, mas não inesperados:

  • O grupo dos ultraprocessados consumiu, em média, 500 calorias a mais por dia do que o grupo que se alimentou com comida de verdade.

  • Eles ganharam peso rapidamente, aumentando cerca de 1 kg em apenas duas semanas.

  • Apresentaram níveis mais altos de inflamação e alterações negativas nos marcadores de saúde metabólica.

Por outro lado, o grupo que consumiu alimentos não processados:

  • Perdeu peso, mesmo podendo comer à vontade.

  • Teve uma melhora significativa na saúde metabólica, com redução nos níveis de insulina e melhora na sensibilidade à glicose.

• Sentiu-se mais satisfeito e com menos fome, apesar de consumir menos calorias.

Então, além de engordar, o que mais os ultraprocessados fazem com seu corpo?

3 Principais Razões para Evitar Ultraprocessados

1. Promovem Inflamação Crônica e Aumentam o Risco de Doenças Graves

Quando você consome muitos ultraprocessados na sua dieta, é como se pequenos incêndios fossem iniciados no seu corpo.

Esses alimentos desencadeiam uma resposta inflamatória crônica no organismo, criando um ambiente propício para o desenvolvimento de doenças graves, incluindo vários tipos de câncer.

Estudos mostram que a inflamação crônica está na raiz de muitas doenças. Os ultraprocessados não apenas contribuem para a obesidade e diabetes, mas também estão associados a um risco maior de desenvolver certos tipos de câncer. 

E isso é algo que precisamos discutir seriamente.

Sabia que obesidade causa câncer? Pois é, a obesidade  aumenta o risco de pelo menos 13 tipos de câncer.

Só para você ter uma ideia…

  • Pessoas com obesidade severa têm até 7 vezes mais chances de desenvolver câncer endometrial.

  • Quase 5 vezes mais chances de sofrer com adenocarcinoma esofágico.

  • A obesidade também dobra o risco de cânceres de fígado, estômago e rins.

  • Aumenta em até 1,5 vezes o risco de câncer de pâncreas e cólon.

Você já se perguntou porque tantos jovens estão com câncer?

O aumento recente de casos de câncer em jovens é um sinal de alerta que não podemos ignorar. 

Antes Hipócrates dizia: que seu alimento seja seu remédio e que seu remédio seja seu alimento. 

Agora estamos vendo o contrário. O alimento sendo seu veneno e causa de padecimento.

E não é só obesidade que está causando isso.

 Estamos ingerindo microplásticos sem perceber, presentes em embalagens e até na água que consumimos.

 Agrotóxicos presentes nos alimentos também são uma preocupação real. O pessoal reclama: as frutas e verduras estão cheias de agrotóxicos. Mas uma pesquisa de 2024 mostrou que 50% dos alimentos ultraprocessados testados continham agrotóxicos.

Então, seu biscoitinho, seu macarrão instantâneo e seu bolinho de chocolate também tem agrotóxicos, isso sendo calorias vazias, e sem os antioxidantes que poderia melhorar um pouquinho a situação.

E não é só câncer que os utraprocessados aumentam

Desregulam seus hormônios….

Homens com testosterona baixa

Mulheres com ovários policísticos…

E também tem um impacto importante na microbiota intestinal.

Aqueles trilhões de seres que estão no seu intestino.

Eles não estão aí por acaso.

 Eles desempenham papéis essenciais na digestão, na regulação do sistema imunológico e, surpreendentemente, no funcionamento do seu cérebro.

Quando você consome ultraprocessados, é como jogar uma bomba nesse ecossistema delicado. Os aditivos químicos, conservantes e a falta de fibras desequilibram a microbiota, matando bactérias benéficas e permitindo que bactérias prejudiciais proliferem.

E o que acontece quando desregulamos nossa microbiota intestinal?

a) Afetam o Humor e Podem Levar à Depressão— A produção de serotonina diminui, levando a sentimentos de tristeza, ansiedade e irritabilidade.

b) Prejudicam a Memória e Podem Contribuir para Demências- aumentam os esquecimentos, mais difículdade de se concentrar e agrava o risco de demência,

c) compromete o sistema imunológico, aumentando o risco de infeções e doenças auto-imunes…

Então, agora que você conhece a verdade por trás dos alimentos ultraprocessados, é hora de agir.

 A partir de hoje, você vai quebrar esse ciclo. Vai encher o seu carrinho de supermercado com comida de verdade—alimentos que nutrem, energizam e protegem o seu corpo.

Vamos ao  passo a passo para a sua transformação alimentar

7 Passos para Reduzir o Consumo de Ultraprocessados

1. Priorize Alimentos In Natura e Minimamente Processados

  • Frutas e vegetais frescos: eles são Ricos em vitaminas, minerais e fibras. Quanto mais colorido o seu prato, melhor!

  • Grãos integrais: Arroz integral, quinoa, aveia, chia, linhaça. Eles fornecem energia duradoura e nutrientes essenciais.

  • Proteínas magras: Peixes, ovos caipiras, carnes magras, leguminosas como feijão, lentilha e grão-de-bico.

Se você fizer só isso, já valeu esse vídeo.

2. Leia os Rótulos com Atenção

  • Ingredientes simples: Se você não consegue pronunciar o nome ou não sabe o que é, provavelmente é melhor evitar.

  • Menos é mais: Prefira produtos com menos ingredientes e sem aditivos artificiais.

  • Atenção aos açúcares escondidos: Verifique diferentes nomes para o açúcar, como xarope de milho, maltodextrina, glucose.

3. Cozinhe Mais em Casa

  • Lá você tem o controle total dos ingredientes- Eu faço comida em casa. No final de semana sou eu que cozinho. E eu sempre falo para os meus filhos. Eu sei o azeite que compro em casa, o arroz, o feijão, o carne. Eu sei que é um investimento na saúde de todos. Preparando em casa você evita aditivos desnecessários e excesso de sal, açúcar e gorduras ruins.

  • Sem contar que descubre novos sabores, novos temperos naturais, novas receitas. 

  • Faça disso um momento prazeroso: Cozinhe com a família, convide amigos, torne a alimentação saudável uma experiência compartilhada.

4. Planeje Suas Refeições

  • Evite comer lanches que nào estavam programados.  

  • Leve seu almoço para o trabalho.

  • Cultive a Consciência Alimentar- Coma com atenção: Desligue a TV, afaste o celular. Preste atenção ao sabor, à textura, ao cheiro dos alimentos.

5. Hidrate-se Adequadamente

  • Opte por água, água com gás, um chazinho que você mesmo fez. Evite refrigerantes e sucos industrializados. 

6. Movimente-se e Durma Bem

  • faça atividade física regular é importante você se mexer!

  • E também Priorize o sono: O descanso adequado é fundamental para a recuperação do corpo e para o equilíbrio hormonal.

7- e Seja Gentil Consigo Mesmo

  • Evite a auto-sabotagem: Se você deslizar, porque acontece, não se culpe. Reconheça, aprenda e retome o caminho.

  • Celebre as conquistas: Cada pequena mudança é um passo importante. Valorize seu esforço, suas vitórias.

Transforme Sua Saúde: Diga Não aos Ultraprocessados

Você tem o poder de transformar sua vida e sua saúde. Não deixe que a indústria alimentícia decida por você. Faça escolhas conscientes, informe-se, questione e, principalmente, cuide de si com amor e respeito.

Lembre-se das palavras de Hipócrates: "Que o seu alimento seja o seu remédio e que o seu remédio seja o seu alimento."

Então, vamos juntos começar essa mudança hoje1 

 No próximo supermercado, encha seu carrinho de alimentos que vão nutrir seu corpo e sua alma. Sua saúde é seu bem mais precioso. Preserve-a.

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E qual vai ser o próximo vídeo que você vai assistir? Meu vídeo sobre chá de hibisco ou meu vídeo infarto sozinho, o que você deve fazer nessa emergência. 

Meu nome é André Wambier, cardiologista, e este é o cardiodf.com.br! Lembre-se de se inscrever no canal. E até o próximo vídeo. Muito obrigado!